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SERÁ QUE VIRA BORBOLETA?

Autora

Alcina Maria de Souza

Escola

Centro Municipal de Educação Infantil Professora  Maria das Graças Abreu dos Santos

Resumo

O presente projeto vem sendo desenvolvido ao longo deste primeiro  semestre do ano de 2021, no Centro Educacional Infantil Professora Maria das Graças Abreu dos Santos, a partir do tema anual: “Família e comunidade: em conexão com a natureza, sentimento e valores num cotidiano acolhedor e significativo”. Ele tem a finalidade de promover a observação e aguçar a curiosidade das crianças no conhecimento do processo da metamorfose da lagarta. A escolha da temática partiu das crianças quando foram presenteadas pela Professora Mariana, de Educação Física, com uma lagarta. Durante todo período do projeto, as observações e as vivências possibilitaram a ampliação de conhecimentos: elas nascem de ovos, evoluem se alimentando de folhas, formam seus casulos e depois de algum tempo se transformam em lindas borboletas de diferentes espécies.

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Justificativa

A natureza é um rico laboratório e nada melhor do que aproveitar as oportunidades que ela nos dá. Desse modo, demos início a uma linda experiência que contemplou todo um trabalho interdisciplinar, através do conhecimento da metamorfose da lagarta. Segundo o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, o trabalho com os seres vivos: “oferece inúmeras oportunidades de aprendizagem e de ampliação da compreensão que a criança tem sobre o mundo social e natural” (BRASIL, p.188, 1998). Dessa forma, a presente proposta vem para enriquecer o repertorio de conhecimentos das crianças e auxiliar a professora a trabalhar o tema abordado.

 

Desenvolvimento

Como as crianças gostaram muito da lagarta que ganharam da professora de Educação Física, na hora da roda combinamos que iríamos fazer um habitat e iríamos cuidar dela todos os dias. Fomos à busca de folhas e gravetos para colocar no vidro que seria seu habitat, encontramos tudo que precisávamos na horta da creche. Precisávamos saber o que uma lagarta come. Através de pesquisa que as crianças realizaram em casa, descobriu-se que ela se alimentava de diversas espécies, e que precisávamos encontrar a planta hospedeira através de experiências. Na horta da escola, as crianças colheram folhas de batata-doce e de couve. A lagarta se alimentou das duas espécies colocadas no seu habitat. A observação da lagarta aconteceu durante uma semana, tempo em que foi alimentada diariamente e foram observados seus movimentos com uma lupa. Após este período de observação, foi necessário que todos ficassem no ensino remoto por um tempo (escola interditada por caso positivo de Covid-19). Em decorrência deste fato, não poderíamos deixar a lagarta na CEI. Então a mesma foi levada para a residência da professora. Durante esse período, foram enviados vídeos para as crianças, quase que diariamente, para fazerem o acompanhamento da metamorfose. Depois de alguns dias, ela formou o casulo e, depois de sete dias, se transformou em uma bela borboleta. Durante este período, as crianças eram informadas sempre com vídeos e imagens de todo o processo de transformação da borboleta. Uma das propostas enviadas neste período foi dar um nome a borboleta, e somente após voltar para o CEI que esta atividade se concretizou: a borboleta passou a ser chamada de Maria José. A professora realizou a soltura da Maria José e fez a filmagem para que todas as crianças tivessem a oportunidade de acompanhar aquele momento. Ao retornar as aulas presenciais, foi dada continuidade à experiência, com atividades interdisciplinares abrangendo os diferentes campos de experiências, com o intuito de desenvolver os objetivos de aprendizagem propostos. 

Tudo começou com a apresentação da História “O quintal da Lia”,  através de um vídeo em que as professoras de contação de história, Jucinete Bonifácio Mello e Bruna David João, narram uma linda história que se passa em um quintal. Depois, as crianças foram levadas para conhecer uma maquete que foi construída para simular o quintal. Ao observarem e explorarem a maquete, fizeram algumas observações e uma delas foi de que na horta tinha folhas de couve, que era o alimento da Maria José. Aproveitando o ensejo, foi  trabalhada uma proposta, juntamente com a mascote Maria, que possuía uma coleção de folhas secas. Junto a esta acrescentamos as folhas do aquário da Maria José e, além disso, as crianças também trouxeram de suas casas algumas folhas, com isso trabalhamos classificação, seriação e quantificação. Foi feita uma imagem de borboleta em um papel pardo no qual as crianças realizaram a colagem das folhas secas. Essa imagem foi utilizada para colocar a data dos aniversários das crianças da sala, no qual cada uma delas construiu sua própria borboleta e ali foi fixada. A partir daí, ainda foram propostas algumas atividades para compor o projeto:  proposta de uma técnica com tinta, barbante e folha A4 com o intuito de que o movimento do barbante se transformasse em uma borboleta;  vídeo produzido por uma bióloga para as crianças conhecerem as diversidades de espécies que possuem as borboletas;  jogo de memória com as imagens de diversas espécies de borboletas, retiradas da internet e produzidas pela turma para realizar a brincadeira, trabalhando as habilidades de recorte, colagem e percepção visual.

A Maria, mascote da turma, trouxe da sua casa mudas de folhas de couve e fotos de sua horta para mostrar, lá vivem algumas lagartas, que ela trouxe para o CEI para que nas aulas presenciais as crianças possam presenciar o processo, fazer a produção dos vasos para uma horta com materiais reciclados, onde alguns foram trazidos pelas crianças. Depois, elas irão pintar e decorar para realizarem a plantação de couves. Será contada a história da Lagarta Comilona, que será relacionada a tudo que foi trabalhado. A turma envolvida apresentou um teatro para fazer a troca de sua experiência com as demais crianças da creche. O projeto se encerrará com a doação das mudas que a mascote Maria trouxe de sua casa e que as crianças plantaram. A doação será realizada no dia da família na escola.

Durante o período de realização do projeto, trabalhamos alguns objetivos que estão ligados aos direitos de aprendizagem da BNCC referentes à faixa etária das crianças pequenas, entre eles destacamos:

  • Reconhecer os diferentes estágios do ciclo de vida da borboleta;

  • Apresentação e acompanhamento do processo de metamorfose;

  • Trabalhar de forma interdisciplinar o ciclo de vida da borboleta;

  • Descobrir através de experiências o tipo de planta hospedeira para alimentação da lagarta até virar uma borboleta.

 

SERÁ QUE VIRA BORBOLETA? é um projeto que está relacionado à história do “Quintal” e vai fazer parte deste  futuro lindo livro “O QUINTAL DA LIA”.

 

Palavras-chave

Educação infantil; experiências; transformações.

Bibliografia

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil: conhecimento de mundo. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, V. 3, 1998.

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